DESCOBRINDO MARCIA – MINHA EX-ESPOSA
RUIVA E OS NEGROS - 03
/...Continuação:-
- No caminho de casa, nada daquilo que presenciei não saia da minha cabeça. Dizia prá mim mesma nos meus pensamentos, que estava muito enojada com a situação, aonde já se viu uma mulher branca, casada, com filho, traindo o marido com um homem coroa, casado, negro e aleijado por aquela aberração pendurada entre as pernas. E o que ouvi, será que tinha entendido bem? O marido dela estava sabendo e gostando dela sair com o patrão negro dela? No ônibus de volta para casa, notei que todos esses pensamentos sobre o que vi e ouvi, também tiveram outra reação além da surpresa e do nojo, estava com a minha buceta toda molhada, molhada de desejo, é, quando me toquei desse fato, me auto repreendi, afinal, esse tipo de coisa não deveria passar pela cabeça de uma mulher direita, religiosa, noiva, prestes a se casar com o homem que era o amor da sua vida, enfim uma mulher de família.
- Naquela noite,
quando Lucio chegou em casa eram umas 19:30 hs. Eu estava muito perturbada com
tudo que tinha visto naquela tarde. Não falei nada para ele, pois não saberia
qual seria a sua reação. Ele poderia pedir para eu definitivamente sair da
clínica, interromper meu estágio e por consequência, não conseguiria me formar,
o que impediria a minha contratação na clínica que tanto esperava. Procurei me
acalmar e tentar me concentrar no que ele estava ansioso para me falar. Lúcio
estava radiante, pois enfim, ele havia achado uma forma de fechar o negócio de
aquisição do nosso apartamento. Esse apartamento era ideal para um casal jovem,
sem filhos, com 02 quartos, sala, cozinha, banheiro, área de serviço, vaga para
garagem, mais ou menos 20 minutos a pé do centro da cidade, já havíamos visto
há uns 06 meses. O proprietário nos havia ofertado por um valor até que bem
acessível, mas queria o pagamento na íntegra, à vista, na assinatura da
escritura. Na época até tínhamos uma reserva, mais ou menos 1/3 do valor, então
lhe fizemos a proposta de pagar esse valor como entrada e que nos desse a
oportunidade de tentar conseguir um financiamento para lhe pagar o restante na
concessão deste, proposta esta que não foi aceita devido a urgência que o
pretenso vendedor necessitava do dinheiro da venda. Definitivamente, fiquei
muito assustada com o assunto, embora fosse um sonho termos nosso próprio
apartamento, pensei como arranjaríamos condições de pagar, mesmo com ambos
trabalhando. Isso sem contar com outras despesas que com certeza teríamos!
Perguntei a ele como faria esse negócio, que era loucura, que o sensato seria
alugarmos um apartamento por enquanto e quando estivéssemos com o restante das
nossas dívidas e finanças estabilizadas, poderíamos tratar da compra de um
apartamento com mais calma. Lucio, convicto das suas pretensões, disse-me que
havia recebido e aceito uma oferta de um trabalho extra para auditar uma grande
empresa da cidade, o que lhe proporcionaria 1/3 do valor do apartamento, e,
somando o valor que estávamos guardando para esse fim (1/3), restaria apenas
outro 1/3, condição está que o proprietário do apartamento já dava por aceito,
ou seja, ele receberia como entrada 66% e dispunha a aguardar a liberação de
financiamento do restante para fazer a transferência definitiva em nosso nome
do imóvel. Caso o financiamento não fosse liberado, ele parcelaria o valor em
até 02 anos, já que necessitava pelo menos daqueles 66% com urgência e estava
difícil vender o apartamento, o que se comprovava pelo tempo que já havíamos
visto o apartamento pela primeira vez. Como Lúcio apenas teria o dinheiro do
serviço extra só ao final de 30 dias, já havia imaginado como conseguir com
antecedência o valor complementar da entrada. No dia seguinte, se desse tudo
certo ele poderia fechar o negócio e assinar o contrato de promessa de compra
do apartamento que era nosso sonho e pagaríamos sem sentir no bolso!
- Preocupada fiquei
quieta, deixando ele contente a expor seus planos para nosso casamento.
Jantamos, fomos para sala, meus pais, como de costume foram dormir cedo, Lucio
só tinha cabeça para o nosso casamento e só falava nisso, esquecendo que uma
mulher também precisa de carinho e não só de móveis, casa e bens materiais para
se sentir feliz. Enquanto ele falava, nada entrava nos meus ouvidos, apenas
aquelas cenas da tarde que não saiam da minha cabeça e, com o desejo que Lúcio
fizesse comigo o quê Dr. Joaquim fez com Jaqueline. Interrompi o assunto dele
com um forçado e longo beijo, cheio de paixão. Inicialmente ele tentou
continuar a contar seus planos, mas não dei trégua, comecei a beijar-lhe o
rosto, o pescoço, a desabotoar sua camisa e alisar seu peito por dentro dela.
Ele calou-se, apenas recebeu minhas carícias estático, como se não soubesse
como reagir àquela minha atitude. Desabotoei toda sua camisa e parti para o seu
púbis, massageei seu pênis por cima da sua calça e continuei fazendo isso
enquanto descia meus lábios pelo tórax dele, seu abdômen, deixando-me
escorregar pelo sofá até ficar de joelhos no piso. De joelhos, comecei a beijar
e dar mordicadas no pênis dele ainda sob a calça e ele só gemendo de forma
contida. Dava prá sentir que seu membro estava duríssimo. Então, sem dar-lhe
tempo de esboçar qualquer ação, soltei seu sinto e abri sua calça de uma vez.
Lucio, que estava com a cabeça jogada para trás no encosto do sofá, levando um
susto com minha atitude, endireitou-se no móvel ao mesmo tempo que baixei um
pouco sua cueca permitindo que parte de seu pau ficasse a descoberto, daí o
segurei com uma das mãos e levei meu rosto até sua glande, esfregando-o com
carinho e desejo na minha face. Apesar de nunca ter feito isso até então,
aquela cena da Jaqueline abocanhando o pau do Dr. Joaquim, me encorajou a matar
a curiosidade de como era sentir o gosto de um pênis dentro da boca. A
diferença de tamanho entre o pau do Dr. Joaquim e o do Lucio de fato era
notória. De onde eu vi, o Pau do Dr. Joaquim era muito grande, Jaqueline o
segurava com as duas mãos, uma ao lado da outra e sobrava muito pau até sua
cabeça; naquele dia achei que devia ter quase uns 25 cm. Já o pau de Lúcio, mal
dava uma mão minha, media apenas 13 cm, uma vez, meio contrariado, já casados,
eu consegui medir. Mal comecei a passar minha língua na sua glande, me
preparando para engoli-lo, Lúcio, meio que grosseiramente, segura minha testa,
se levanta, me perguntando meio que alterado com a voz baixa, o quê eu estava
fazendo, quê aquilo não era coisa de uma mulher séria, direita, prestes a se
casar. Quê aquilo era coisa de prostitutas, hereges, pecadoras, sem moral e sem
religião. Eu, super envergonhada, me levantei e pedi mil desculpas, que não
sabia porque agira daquele jeito. Fiz sem sentir e que isso não se repetiria
mais, que o amava muito e que sempre o respeitaria dentro dos bons costumes,
como sua mulher, digna do seu amor. Ele se acalmou, disse que tudo bem, que me
amava muito e que acreditava que eu não agiria mais daquele jeito. Levantou-se,
foi até o interruptor da luz, desligou a mesma, deixando apenas a claridade da
TV no ambiente, voltou até mim, me beijou e caímos sentados no sofá, dessa vez
ele me fazia carinhos, me beijava a boca, as faces, o pescoço, desabotou minha
camisa, acariciava meu ventre, meus seios sobre o sutiã, mas não os tocava
diretamente. Eu já tinha me refeito do susto causado pela reação dele à minha
tentativa de sentir o gosto do seu pau na minha boca, já estava me deixando
levar pela fantasia dele realmente satisfazer meus instintos, minhas
curiosidades, mas ledo engano, tal como em outras oportunidades, as
preliminares dele eram tão somente me beijar, passar suas mãos no meu corpo,
tirar minha roupa (no escuro), me deitar na posição de barriga prá cima, se
colocar entre minhas pernas, cuspir nos seus dedos para ajudar a lubrificar
minha vagina, baixar sua cueca e me penetrar com seu pau, dar algumas estocas,
logo gozar e dizer prá mim que eu era a melhor mulher do mundo, que ele não via
a hora de casarmos e que seriamos o casal perfeito. Até aquela tarde em que vi
Jaqueline e o Dr. Joaquim protagonizarem aquela cena inesquecível de sexo,
aonde não se via tão somente perversão, mas sim, prazer para cada um deles,
acreditava na versão que Lúcio me transmitia sobre um casamento completo e
feliz. Lúcio tinha sido o primeiro homem com quem de fato tinha relações
sexuais, outros namorados me deram uns amassos até mais ousados que ele, mas
nunca passaram disso. Minhas amigas, sempre relataram suas aventuras com seus
namorados e seus rolos, aguçando minha curiosidade, mas sempre me detia na
visão de Lucio sobre o casamento decente. Ainda não sei até hoje como eu e
Lucio transamos antes de nos casar, mas isso é outra história. Logo que Lucio
gozou, se limpou, ajeitou suas roupas, me deu um beijo e se despediu, me
dizendo que no dia seguinte passaria lá na clínica para tratar de uns assuntos
com o Dr. Joaquim e que aproveitaria para me dar um beijo e falar se deu certo
os planos para adquirir o apartamento. Ele saindo, eu frustrada, apanhei meu
roupão e me dirigi até o banheiro sentindo o Leite de Lúcio escorrendo pelas
minhas pernas enquanto caminhava. Eu já tomava anticoncepcional para regular
minha menstruação, não havendo perigo de engravidar. Durante o banho, as
imagens que estavam na minha mente, eram da transa da Jaqueline com o Dr.
Joaquim. Em nenhum minuto pensava no que eu e Lucio tínhamos acabado de fazer,
mas sim, por breves momentos, pensei que o amor que sentíamos um pelo outro
faria com que aprendêssemos juntos a proporcionar um ao outro todo o prazer do
mundo, como aquele negro e sua secretária o fizeram naquela tarde. Nesses
pensamentos, aos me ensaboar embaixo do chuveiro, o deslizar das minhas mãos
sobre o próprio corpo foram aumentando minha excitação e, ao passar os dedos
sobre minha buceta xana, senti que a mesma estava muito molhada, mas molhada
não pela porra do Lúcio e muito menos pela água que me banhava, mas sim pelo
enorme tesão que estava encravado em mim não saciado pelo Lucio. Estava
fervendo, necessitava extravasar aquela energia, quando olhei para o lado, sem
pensar apanhei uma escova de cabelo, que por sinal, tinha o cabo de cor marrom
chocolate, bastante comprido e grosso, passando a esfregá-lo com carinho na
minha buceta. Sentei-me no chão do Box, recostando minhas costas na parede,
abri minhas pernas e com uma das mãos acariciava meus seios que estavam bem
intumescidos e os mamilos rijos, enquanto com a outra mão movimentava a escova
acariciando os grandes lábios da minha buceta, as vezes apertando os lábios
sobre o cabo da escova até começar a introduzi-lo por inteiro, deixando só as
cerdas de fora. Os movimentos de introduzir e retirar a escova da minha buceta
foram aumentando, sem parar de pensar no que a Jaqueline havia recebido do Dr.
Joaquim, naquela tarde e, querendo eu que Lúcio fizesse o mesmo comigo. Fiquei
nessa brincadeira por uns 15 minutos, até quando não aguentei mais e meu corpo
explodiu em convulsões sem fim, uma coisa que eu nunca tinha sentido antes e
que, muito tempo depois fui descobrir que era um orgasmo. Lucio, nas poucas
vezes em que transamos, até então, nunca me proporcionou tal prazer. Depois de
apaziguado meu fogo, aquele sentimento de culpa voltou a predominar no meu
cérebro e passei a achar que eu tinha cometido um grande pecado e que aquilo
jamais poderia se repetir, fiquei muito envergonhada comigo mesma.
- No dia seguinte,
meia que constrangida pelo que presenciei na clínica, procurei me fazer normal
quanto ao tratamento com Jaqueline, a qual, como nos outros dias, me tratou da
mesma forma, um sinal que nem desconfiava que eu tinha visto a transa dela com
o Dr. Joaquim. Este, chegou era 9:00 hs, cumprimentou Jaqueline e uma paciente
que já o esperava. Me cumprimentou com aquela simpatia excessiva de sempre, me
segurando uma das mãos, me olhando diretamente nos olhos, sorriso maroto e me
chamando de minha querida. Eu como sempre respondia procurando ser cordial, mas
sem dúvida um pouco envergonhada, ainda mais depois do que vi do que ele era
capaz de fazer com uma mulher, totalmente indecente e imoral. Como eu dependia
do emprego e do estágio, resolvi ficar na minha. Dr. Joaquim pediu para a
paciente aguardar mais uns minutos, deu algumas ordens para Jaqueline e me
pediu para apanhar o prontuário da paciente e acompanhá-lo até seu consultório.
Mandou sentar-me à sua frente e me falou:
- Minha querida, antes de atender a Sra. Juliana, quero frisar umas coisas que eu acho fundamental para o bom andamento dos trabalhos do consultório, que servem para a vida pessoal e profissional de pessoas como nós que trabalhamos com a saúde e sentimentos dos outros! Confiança, discrição e sigilo! O quê ocorre nesta Clínica, neste gabinete, comigo, com você, com nossos colegas e, principalmente com nossos pacientes fica aqui, ok?
- Enrubesci, perdi a linha sem saber o quê dizer! Imaginei que ele tinha me visto expiando ele transar com Jaqueline, mas antes que eu dissesse alguma coisa ele continuou:
- Estou te falando isso minha querida, porque a Sra. Juliana a quem vou atender agora, permitiu que você acompanhasse as sessões dela com muito custo, ela é muito reservada e, mesmo sabendo que você é uma estagiária de minha inteira confiança, pediu para eu reforçar a você tais exigências! Estamos conversados?
- Respondi que sim, que ele poderia ficar totalmente tranqüilo quanto a isso, pois sabia que nossa profissão exige tais obrigações morais e éticas! Ele então com um leve sorriso, me deu alguns toques como deveria me portar durante a consulta e me pediu para chamar dona Juliana. Quando estava chegando na porta sala, ele me interpelou:
- Marcinha, mais uma coisa!
- Me voltei prá ele, e o vi com a mão esticada em minha direção dizendo:
- Tome..., seu crachá, estava caído ontem à tarde na entrada da minha sala!
- Me perdi novamente, sem saber o que dizer, como agir e muito vermelha. Ele mesmo, com um olhar sarcástico e um leve sorriso malicioso, me apontou uma saída:
- Você deve ter deixado cair antes de ir ao encontro da Tereza!
- E pediu novamente para eu chamar dona Juliana! Mal conseguia me compenetrar na consulta pensando no que o Dr. Joaquim havia me dito. Será que ele tinha me visto no dia anterior espionando ele e a Jaqueline? Fiquei com essa dúvida por muito tempo.
- Minha querida, antes de atender a Sra. Juliana, quero frisar umas coisas que eu acho fundamental para o bom andamento dos trabalhos do consultório, que servem para a vida pessoal e profissional de pessoas como nós que trabalhamos com a saúde e sentimentos dos outros! Confiança, discrição e sigilo! O quê ocorre nesta Clínica, neste gabinete, comigo, com você, com nossos colegas e, principalmente com nossos pacientes fica aqui, ok?
- Enrubesci, perdi a linha sem saber o quê dizer! Imaginei que ele tinha me visto expiando ele transar com Jaqueline, mas antes que eu dissesse alguma coisa ele continuou:
- Estou te falando isso minha querida, porque a Sra. Juliana a quem vou atender agora, permitiu que você acompanhasse as sessões dela com muito custo, ela é muito reservada e, mesmo sabendo que você é uma estagiária de minha inteira confiança, pediu para eu reforçar a você tais exigências! Estamos conversados?
- Respondi que sim, que ele poderia ficar totalmente tranqüilo quanto a isso, pois sabia que nossa profissão exige tais obrigações morais e éticas! Ele então com um leve sorriso, me deu alguns toques como deveria me portar durante a consulta e me pediu para chamar dona Juliana. Quando estava chegando na porta sala, ele me interpelou:
- Marcinha, mais uma coisa!
- Me voltei prá ele, e o vi com a mão esticada em minha direção dizendo:
- Tome..., seu crachá, estava caído ontem à tarde na entrada da minha sala!
- Me perdi novamente, sem saber o que dizer, como agir e muito vermelha. Ele mesmo, com um olhar sarcástico e um leve sorriso malicioso, me apontou uma saída:
- Você deve ter deixado cair antes de ir ao encontro da Tereza!
- E pediu novamente para eu chamar dona Juliana! Mal conseguia me compenetrar na consulta pensando no que o Dr. Joaquim havia me dito. Será que ele tinha me visto no dia anterior espionando ele e a Jaqueline? Fiquei com essa dúvida por muito tempo.
- Naquele dia à
tarde quem apareceu para falar com o Dr. Joaquim foi o Lucio, era época de
Imposto de Renda. Lucio, antes de entrar, me falou baixinho sem eu entender o
que pretendia:-
- Torça amor que de tudo certo o que vou falar com ele, talvez, amanhã já tenhamos nosso tão sonhado apartamento!
- Será que ele iria pedir dinheiro emprestado para o Dr. Joaquim? Pensei. Ele não seria louco. Eles ficaram trancados na sala até o final da tarde e, quando Lúcio saiu já era quase 18:00 hs, me disse que eu fosse prá casa assim que o Dr. Joaquim me liberasse, pois não poderia me esperar para me levar até em casa que teria que passar num lugar.
- Torça amor que de tudo certo o que vou falar com ele, talvez, amanhã já tenhamos nosso tão sonhado apartamento!
- Será que ele iria pedir dinheiro emprestado para o Dr. Joaquim? Pensei. Ele não seria louco. Eles ficaram trancados na sala até o final da tarde e, quando Lúcio saiu já era quase 18:00 hs, me disse que eu fosse prá casa assim que o Dr. Joaquim me liberasse, pois não poderia me esperar para me levar até em casa que teria que passar num lugar.
- A noite Lucio
chegou em casa muito contente, me falando que conseguiu o dinheiro para
completar a entrada para a compra do apartamento. Preocupada como sempre,
perguntei como? Lucio respondeu que tinha feito bons trabalhos para o Dr.
Joaquim resolvendo muitos problemas da contabilidade dele e da clínica,
recebendo muitos elogios por isso. Que se algum dia Lúcio precisasse de algum
favor que estivesse ao alcance dele Dr. Joaquim, ele o prestaria com o maior
prazer. Antes que eu perguntasse, Lucio foi adiantando que primeiro pediu o
dinheiro emprestado para o médico explicando-lhe os motivos e como lhe pagaria
dentro de um mês. Depois de pensar por uns instantes no pedido de Lucio, Dr.
Joaquim disse que esse favor era um pouco complicado, porque no seu orçamento
que era tudo previamente calculado não dispunha daquele valor para emprestar no
momento. Muito menos poderia dispor de valores da clínica, mas, como Lúcio era
um excelente profissional e também como pessoa, ele poderia falar com alguns
amigos que faziam empréstimos pessoais e que pediria para eles que fizessem a
juros irrisórios, pois seria um favor a ele próprio. Lucio disse que ficou meio
desapontado, afinal acreditava que o próprio Dr. Joaquim fizesse o empréstimo,
mas como a vontade (obsessão) de comprar o apartamento naquele momento era
irreversível e também estava botando fé no dinheiro que receberia pelo trabalho
extra que havia conseguido, aceitou. Dr. Joaquim ligou no mesmo instante para tais
amigos, recebendo resposta positiva, afirmando a Lucio que ele poderia passar
naquela mesma hora no escritório das pessoas que fariam o empréstimo. Lucio
assim o fez, deixando com os caras um cheque e uma Nota Promissória no valor do
mútuo e saiu com o dinheiro em espécie lá para casa. Era muito dinheiro para
andar pela rua. Graças a Deus, até aí correu tudo bem. Namoramos um pouco,
naquele estilo da noite anterior, ele foi prá casa, deixando o dinheiro comigo,
passaria pela manhã para apanhá-lo e me daria uma carona até o estágio.
- Como Lucio
demorou me apanhar em casa, ele me deixou primeiro no estágio dizendo que iria
procurar o dono do apartamento que já o estava esperando no escritório de um
advogado pra formalizar o contrato de compromisso de compra e venda. Na clínica
tudo como sempre, o jeito da Jaqueline, os elogios maliciosos e irritantes do
Dr. Joaquim, as sessões, os relatórios, as assessorias à dona Tereza, enfim uma
rotina a que já estava me acostumando. Em destaque, dentre as conversas com o
Dr. Joaquim, foi a menção por parte dele de que estava impressionado com o amor
de Lúcio por mim e a ansiedade do meu noivo em casar logo comigo, aproveitando
para dizer que ele entendia tudo isso que Lúcio estava sentindo, porque eu
realmente era muito linda, com toda a certeza o sonho de todo o homem de bom
gosto. Ele falava isso sem nenhuma cerimônia, dono da situação, me causando um
constrangimento muito grande, afinal não estava acostumada receber esse tipo de
elogio, mesmo assim, envergonhada e por dentro indignada, agradecia a tais
ousadias, sob o olhar agudo daquele negro tarado. Outro destaque daquele dia
foi o fato de que o Dr. Joaquim, segundo ele, por Jaqueline estar assoberbada
de trabalhos, transferir para mim a tarefa exclusiva de organizar sua mesa e
sala ao final do expediente, mesmo nos dias que eu fosse fazer algum serviço
para dona Tereza, o quê prá mim era indiferente.
- Lúcio enfim
fechou o negócio do nosso tão sonhado apartamento, admito que mesmo preocupada
com a loucura dos gastos, também estava deslumbrada com ele, mil planos de
decorá-lo já estavam na minha cabeça. Não via a hora de levar os móveis que já
havíamos adquirido e do meu enxoval para lá. Naquela semana prestei exames das
matérias do intensivo e também apresentei meu relatório do estágio das
atividades ocorridas no mês, que contava na avaliação do meu desempenho, ou
seja, valia nota. Foi muito estressante. Fui bem em uma das matérias do
intensivo, a outra fui mal e, no estágio, não fui muito bem, levando até um
puxão de orelhas por parte do Dr. Joaquim, o qual amenizou o problema,
dizendo-me que era justificável minha nota por ser o meu primeiro contato em
sessões com pacientes reais, diferente das aulas teóricas, mas, eu teria que
ser mais perceptiva com as questões e situações vividas por aqueles. Dr.
Joaquim reafirmou que tinha muita confiança no meu potencial e sabia que eu não
o decepcionaria. Fiquei super chateada, balançada, afinal, acreditava que tinha
feito um bom trabalho na elaboração do meu relatório. Para mim, que sempre fui
uma boa aluna, aquela avaliação não refletia o teor do trabalho que eu fiz. Em
síntese, não concordei com a nota, mas não tinha como contestar, resolvendo dar
o máximo na próxima vez.
- Uns 15 dias
depois de termos comprado o apartamento, à noite Lúcio chega na minha casa
muito nervoso. A empresa que havia contratado para uma auditoria, sem motivos,
dispensou ele do trabalho, não lhe pagando 1/5 do que fora combinado. A
preocupação maior era como ele pagaria o empréstimo feito pelos amigos do Dr.
Joaquim na data combinada. Como cobriria o cheque e resgataria a Nota
Promissória, já que o valor era expressivo? “Naquela tarde, ele recorreu a
vários conhecidos e ninguém dispunha de tal quantia em tão pouco tempo. Tentou
até negociar o carro, mas este já estava alienado a uma financiadora. Lucio
estava muito nervoso me deixando também no mesmo estado. “Falamos com meu pai e
por telefone com alguns parentes e nenhuma solução foi encontrada. Resolvemos
então que no dia seguinte, Lucio tentaria rescindir o contrato de compra do
apartamento para resgatar o valor da entrada e, em último caso, falaria com os
amigos do Dr. Joaquim para que eles parcelassem o valor do cheque. No dia
seguinte, logo cedo, Lúcio procurou o proprietário do apartamento para ver da
possibilidade de desfazer o negócio, não logrando êxito, haja vista que além do
contrato constar cláusula de irrevogável, o vendedor já havia empregado todo o
dinheiro recebido em outro negócio, umas das razões da urgência na venda do
apartamento por ele. Diante disso, Lucio procurou ainda de todo jeito naquele
dia conseguir o valor do cheque para pagar o empréstimo, também não tendo
êxito. Ele me ligou na clínica, me contando tudo, não restando outra solução a
não ser falar com as pessoas que lhe emprestaram o dinheiro para parcelarem seu
valor, o que faria depois do seu expediente. Tentei acalmá-lo, lembrando que
essas pessoas eram amigas do Dr. Joaquim. Com toda a certeza entenderiam a
situação e parcelariam a dívida, desejei a ele boa sorte, pedindo para ele me
dar notícias tão logo resolvesse a questão. No meu íntimo, estava preocupada,
nunca gostei de ficar devendo nada, muito menos para quem eu não conhecia.
Aquele resto de tarde não passava.
- Ainda era 16:00
horas daquela tarde, Dr. Joaquim incumbiu Jaqueline de levar alguns relatórios
à Universidade e outros serviços de interesse dele na rua, ficando eu na
recepção enquanto ele tinha apenas uma paciente para atender. No período da
tarde eu raramente acompanhava as sessões. A paciente que ele atendeu, uma tal
de Elisa, era uma mulher casada da alta sociedade, que estava enfrentando
problemas na sua relação conjugal. Ela era uma mulher de uns 35 anos de idade,
loira, um pouco mais baixa que eu, devia ter 1,60 m, era meio cheinha para sua
altura, mas mesmo assim tinha um corpo com curvas bem definidas, enfim era uma
bela mulher. As consultas em geral tinham duração de uma hora, raramente
duravam mais ou menos que isso. Para determinadas pacientes, já havia percebido
que o Dr. Joaquim deixava expressamente determinado que não queria ser
interrompido de forma alguma. Somente em casos extremos poderíamos chamá-lo
pelo interfone e, dona Elisabete era um desses casos. Atendi a varias ligações,
confirmei consultas mas tudo sem ser necessário chamar pelo Dr. Joaquim.
Passados uns 20 minutos de consulta, eu estudando para uma nova prova, sentada
junto à minha mesa, de repente, vejo que por baixo da porta do consultório do
Dr. Joaquim, de tempo em tempo, saiam alguns lampejos de claridade mais fortes,
como relâmpagos, surpresa, fiquei tentando imaginar o que seria. Pensei em
chamar o Dr. Joaquim pelo interfone, foi aí que caiu a ficha, ele poderia estar
mostrando as suas câmeras fotográficas para a paciente num momento de
descontração na consulta e voltei aos meus estudos. Aquela consulta foi até as
17:30 horas”. Eu já estava preocupada com a hora, porque seria muito chato eu
ter que ficar até depois das 18:00 hs para deixar organizado o consultório do
Dr. Joaquim, além de que estava ansiosa para ir para casa esperar pelo Lúcio.
Jaqueline iria direto da rua para sua casa, sendo que eu já havia avisado seu
esposo Otávio. A paciente ao sair da consulta, se despediu rapidamente de mim,
mal me olhou na cara, mas pude perceber que estava sem o batom que estava
usando quando chegou, sua roupa estava amassada e sem um de seus brincos.
Estava muito disfarçada e com um acentuado rubor na face. Como eu já vi
acontecer com Jaqueline, entendi o que acabara de se passar naquela consulta.
Aguardo o Dr. Joaquim me chamar no interfone, o que leva uns 10 minutos após a
saída da paciente. Entrei no consultório e percebo que há um tripé desses que
usam para máquinas fotográficas encostada numa das paredes, mas não me
manifestei a respeito.Percebi também que o Dr. Joaquim, havia trocado de
camisa. Dr. Joaquim me dava as instruções de como queria que eu deixasse sua
mesa, quando tocou o telefone. Ao atender, falei o nome alto da pessoa, para o
Dr. Joaquim me fazer um sinal se atenderia ou não. Era um tal de Alberi,
companheiro de “pôquer” do Dr. Joaquim. Este, ao ouvir o nome me fez sinal de
positivo, atendeu ao telefone e pediu para eu me retirar. Ficou no telefone por
mais de 15 minutos. Não pude ouvir a conversa, mas quando o cara falou que era
companheiro de “Pôquer” do meu patrão, gelei, de imediato me veio na cabeça que
poderia ser uma das pessoas que emprestaram dinheiro para o Lúcio e naquela
hora, foram reclamar ou cobrar do Dr. Joaquim o dinheiro que emprestaram para
meu noivo por indicação sua. Eu estava tremendo. “Após a ligação, Dr. Joaquim
me chamou de novo, retornou às suas orientações quanto a sua mesa e, me disse,
que tinha sido chamado para resolver umas coisas muito sérias e não poderia me
dar melhores orientações, mas que eu deixasse separadas algumas pastas de
alguns pacientes para o dia seguinte. Me chamando de “meu anjo lindo”
despediu-se e saiu. Preocupada com Lucio e chateada por ter que ficar por muito
mais tempo além das 18:00 hs, me pus a arrumar as coisas e a separar as pastas
dos pacientes para o dia seguinte. Encontrei até o brinco da paciente daquela
tarde caído junto a um divã, juntei o mesmo e o coloquei sobre a mesa do Dr.
Joaquim. Se ele me perguntasse como aquilo foi parar ali, diria que o encontrei
junto à cadeira à frente de sua mesa.
- Em casa, a minha
ansiedade só aumentava e nada do Lúcio. Ele só chegou às 21:00 hs e com
notícias nada boas. Demonstrava estar muito nervoso, com raiva das pessoas que
lhe fizeram o empréstimo, do Dr. Joaquim por não ter sido ele a lhe conceder o
empréstimo e por lhe ter sugerido obter a quantia com seus amigos, agora,
claramente, agiotas. Com muita paciência, consegui que ele fosse me falando o
que aconteceu. Lúcio então disse que ao ligar para o contato das pessoas que
lhe arranjaram o dinheiro emprestado, um tal de Alberi (caiu a ficha), pedindo
para conversar com ele pessoalmente, este já lhe atendeu de forma estranha,
como se adivinhasse o propósito da conversa, mas mesmo assim, disse que o
atenderia. Lúcio ficou surpreso e assustado com o tipo de reação do tal de
Alberi, quando mal começou a contar o que havia ocorrido, aquele o interrompeu
bruscamente, não lhe deixando expor que tinha a intenção de pagar tudo o que
lhe fora emprestado, mas de forma parcelada. O tal de Alberi deu um soco na
mesa e ficou de pé, já lhe apontando o dedo indicador ameaçando, que muito
embora Lúcio lhe tenha sido recomendado por um amigo (Dr. Joaquim), ele não
misturava negócios com amizade. Como ele dispôs da quantia para emprestar para
Lúcio no momento que este precisou, Lúcio também teria que ter a honradez de
cumprir com sua obrigação na data acertada e, caso não o fizesse, ele (Lúcio)
sofreria as consequências, dando dois tapinhas na cintura. O tal Alberi não
deixou Lúcio expor qualquer tipo de argumento, pedindo para que o mesmo se
retirasse, ratificando que no dia marcado iria depositar o cheque e esperava
para o bem de Lúcio que tivesse fundos. Lúcio não viu outra forma a não ser se
retirar, haja vista que além do Alberi, estavam presentes 03 armários
ambulantes com cara de poucos amigos. Naquele momento não era só o Lucio que
estava apavorado. Eu fiquei pasma, esmorecida com a situação. Fiquei com muita
raiva de Lúcio por se colocar numa situação daquelas. Fiquei com muita raiva de
mim por ter me calado e deixado Lúcio viajar na sua sede de gastar e gastar sem
ter como. Ele estava nervoso, eu estava nervosa. Naquele momento nenhum dos
dois tinha condições de apontar uma solução. Ele passou a noite lá em casa,
dormiu no sofá da sala. Escondemos o problema dos meus pais, mas eles perceberam
que tinha alguma coisa errada, mas lhe dissemos que não era nada demais, que
eram problemas do meu estágio e eu estava com medo de não poder me formar
naquele ano e perder o tão sonhado emprego. Passamos à noite inteira acordados
tendo as mais absurdas idéias de como conseguir pagar a dívida com os agiotas,
mas sempre dava em nada. Tínhamos ainda 15 dias para resolver, então resolvemos
que teríamos primeiro que nos acalmar e com toda a certeza encontraríamos uma
solução. Nisso tudo, eu não contei para o Lúcio que ao final da tarde daquele
dia, um tal de Alberi tinha ligado para o Dr. Joaquim e nem da minha
desconfiança que o cara queria cobrar do Dr. Joaquim a divida contraída por
ele. Se fosse isso, com certeza, Dr. Joaquim daria um jeito de me demitir, daí
sim que a nossa situação se complicaria de vez. Não sei porquê não falei nada
disso para Lúcio, talvez para não deixá-lo ainda mais para baixo.
/...Continua:-
Nenhum comentário:
Postar um comentário